O objetivo dessa tese é estudar a produção teatral de Paulo Pontes, dramaturgo que atuou na cena teatral brasileira entre as décadas de 1960 e 1970. Assim sendo, serão analisados os seguintes textos teatrais: Opinião (embora escrito em parceria com Oduvaldo Vianna Filho e Armando Costa), Paraí-bê-a-bá, Brasileiro, profissão esperança, Um Edifício chamado 200; Check-up; Dr. Fausto da Silva, Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; Madalena Berro Solto e Gota dágua. Paulo Pontes inscreve-se na história do teatro brasileiro em um período politicamente tenso e de luta: em plena ditadura militar. Portanto, fez-se necessário recuperar, além desse contexto histórico, a formação do artista e do homem político, a fim de compreender a interlocução de sua obra com a época. Pretende-se defender a ideia de que a práxis teatral de Paulo Pontes estava intimamente relacionada ao contexto sócio-político brasileiro, assim como às suas convicções políticas. O dramaturgo foi além de seu campo de atuação, assumiu também o papel de intelectual de esquerda, engajado em um projeto nacional-popular de cultura. O teatro, em sua concepção, necessitava adotar a perspectiva popular para compreender a complexidade da realidade nacional. Assim, busca-se contribuir para o reposicionamento deste dramaturgo na história do teatro brasileiro.
O trabalho investiga a feição dos versos que dão vida à peça Gota dágua de Chico Buarque e Paulo Pontes, escrita e encenada em 1975. Procura desvendar a maneira como os versos se compõem na formação da estrutura dramática da peça e os efeitos que produz no leitor ou no espectador. Como a peça dialoga intensamente com o momento cultural e político dos anos 1970, há uma busca do ponto de encontro entre a realização estética concebida e os projetos culturais ou outras motivações extra-textuais que tenham influenciado a sua composição. O estudo abrange a realização sonora que se dá (ou que se imagina) no palco, os aspectos poéticos, lírico-musicais da peça, sua característica dramático-épica e os temas e idéias que permeiam o plano de conteúdo da obra. A análise foi feita em grande parte contrapondo Gota dágua com a obra que pretende recriar: a Medeia de Eurípides. Os diversos elementos manipulados no trabalho ora se complementam, ora se chocam, criando uma mescla significativa e de apreciação controversa, sobre a qual artistas e pesquisadores têm se debruçado no questionamento da produção teatral brasileira. Tais elementos são a absorção do popular e do erudito, da identificação catártica e do distanciamento crítico, da experiência totalizante do mito e daquela que é comum, socialmente demarcada por delineamentos temporais e espaciais, dentre outros exemplos.
O trabalho investiga a feição dos versos que dão vida à peça Gota dágua de Chico Buarque e Paulo Pontes, escrita e encenada em 1975. Procura desvendar a maneira como os versos se compõem na formação da estrutura dramática da peça e os efeitos que produz no leitor ou no espectador. Como a peça dialoga intensamente com o momento cultural e político dos anos 1970, há uma busca do ponto de encontro entre a realização estética concebida e os projetos culturais ou outras motivações extra-textuais que tenham influenciado a sua composição. O estudo abrange a realização sonora que se dá (ou que se imagina) no palco, os aspectos poéticos, lírico-musicais da peça, sua característica dramático-épica e os temas e idéias que permeiam o plano de conteúdo da obra. A análise foi feita em grande parte contrapondo Gota dágua com a obra que pretende recriar: a Medeia de Eurípides. Os diversos elementos manipulados no trabalho ora se complementam, ora se chocam, criando uma mescla significativa e de apreciação controversa, sobre a qual artistas e pesquisadores têm se debruçado no questionamento da produção teatral brasileira. Tais elementos são a absorção do popular e do erudito, da identificação catártica e do distanciamento crítico, da experiência totalizante do mito e daquela que é comum, socialmente demarcada por delineamentos temporais e espaciais, dentre outros exemplos
Este trabalho propõe resgatar e analisar a trajetória do Teatro Duse, erguido nas dependências da casa do empreendedor cultural Paschoal Carlos Magno (1906 - 1980), entre os anos de 1952 a 1958 - período em que se realizaram ações como o Festival do Autor Novo e a Escola de Arte Dramática do Teatro Duse. Para a realização da pesquisa, tomou-se como fonte principal o recente Acervo Paschoal Carlos Magno, do Centro de Documentação da Fundação Nacional de Artes (CEDOC/FUNARTE), praticamente inexplorado, a fim de revelar novas perspectivas sobre as atividades desse teatro, considerado o primeiro teatro-laboratório do Brasil. As principais contribuições desse espaço, localizado no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, se firmaram na divulgação de dezenas de autores, atores e artistas nacionais, auxiliando na solidificação das práticas de um teatro moderno no país.