Teatro de Revista de Cardozo Menezes e J. Maia, com música de vários autores estreia no teatro João Caetano- SP. A empresa patrocinadora é Ferreira da Silva, do empresário e dono de Companhia de Revista Ferreira da Silva.
O texto apresenta um relato sobre algumas participações
minhas como atriz, cantora e produtora em espetáculos cênico-musicais
com base nas pesquisas sobre teatro de revista realizadas desde
1999.
O texto apresenta algumas articulações entre o
desconhecimento e os infi ndos preconceitos acerca do teatro de
revista brasileiro. A forma revisteira – em sua totalidade – não consta
nas panorâmicas de história do teatro brasileiro, decorrendo daí uma
repetição, sobretudo de natureza ideológica, contra o gênero e seus
artistas.
Este trabalho se constitui em um resgate da obra do encenador e empresário do teatro de revista brasileiro Jardel Jércolis, no período compreendido entre 1925-1944. As três companhias que dirigui : a Companhia de Sainetes e
A presente pesquisa contribui para a análise da Companhia de Revistas e Burletas do Teatro São José, da cidade do Rio de Janeiro, da Empresa Paschoal Segreto, por meio do estudo de revistas e burletas de Carlos Bittencourt e Cardoso de Menezes, encenadas em seu palco, que também, por atuação duradoura (1911-1926), propiciou espaço privilegiado para experimentação, manutenção e fertilização dos gêneros do teatro ligeiro. Essa escrita cênica pauta-se por uma perspectiva de imediata complementaridade em sua performance. Teatro cômico e popular, essas revista e burletas apresentam um acervo técnico de elaboração que revela a presença de autores-ensaiadores.
Esta dissertação procurou apreender formas de organização não institucionais da
população negra no Rio de Janeiro, no período compreendido entre os últimos anos do século
XIX e as três primeiras décadas do XX. Preterido pelo imigrante europeu no mundo do
trabalho livre, o negro não se acomodou. Marcou sua presença em múltiplos espaços e
afazeres urbanos, forçou brechas, movimentou-se de várias maneiras, inventando e
conquistando lugares a partir de seus referenciais culturais de vida, criando alternativas de
inserção que não foram reconhecidas pela lógica formal do trabalho moderno , como o
mundo do entretenimento que começava a formar-se no Rio de Janeiro. Surpreendemos, nos
palcos do espetáculo-negócio , uma presença predominantemente negra, reforçada por
artistas afro-descendentes no que poderia ser chamado de circuitos Europa-Estados Unidos-
Caribe-Brasil.
Evidenciando entrelaçamentos e contínuos contatos, trocas e tensões entre
diásporas negras de diferentes partes do mundo, que se influenciavam mutuamente,
transformando e difundindo produtos culturais uns dos outros, artistas negros valeram-se do
divertimento para ampliar discussões em torno de temas que afetavam diretamente o
segmento negro da população nas décadas que se seguiram ao pós-abolição.
Como grande expressão dessas dinâmicas de culturas negras acompanhamos a
emergência, as relações e os enfrentamos de De Chocolat e a Companhia Negra de Revista no
Rio de Janeiro, no período de 1926/27
Centro de Letras e Artes - Programa de Pos-graduação em Teatro
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A presente dissertação examina a vida e a carreira da atriz Cinira Polonio (1857-1938), a partir de suas origens familiares e dentro do contexto da emancipação feminina no Brasil. São analisadas a imagem pública da atriz e como esta moldava sua atuação em cena. O trabalho de Cinira Polonio no palco, desenvolvido especialmente nos gênero cômico e musicado, é recuperado através da crítica do periodo, de informações acerca das condições de encenação teatral de sua época e da análise de seu repertório. A pesquisa se insere na área de História do Teatro Brasileiro, sendo uma contribuição aos estudos históricos sobre o trabalho do ator no Brasil na virada do século XIX para o século XX.