Esta pesquisa desenvolve uma reflexão sobre a obra cenográfica do italiano Gianni Ratto, no período inicial de sua atuação no Brasil, compreendido entre os anos 1954 e 1964, a partir das encenações O Canto da cotovia, de Jean Anouilh, A Moratória, de Jorge Andrade e O Mambembe, de Arthur Azevedo, ao mesmo tempo em que apresenta uma retrospectiva de sua carreira e introduz fatos relevantes da cenografia brasileira na primeira metade do século XX. Baseada nos registros históricos dos espetáculos enfocados, a análise investiga, na obra do cenógrafo, indícios da introdução e consolidação de uma nova prática cenográfica no país, voltada para a encenação, e a valorização da cultura nacional por um artista estrangeiro.