Este trabalho reúne informações básicas necessárias aos contadores de histórias que atuam no âmbito da escola, desde sua formação, preparação, até a apresentação de uma sessão. O testo procura definir termos como narração, experiência e jogo, além de um breve histórico sobre o gênero narrativo e sobre os primeiros contadore de história. Partimos do estudo de Walter Benjamin, que considera a narrativa uma experiência coletiva e também do pressuposto de que contar histórias é um jogo teatral, ao mesmo tempo que um isntrmento pedagógico. A pesquisa desenvolve alguns pontos importantes para a formação do contador de histórias no âmbito escolar, discorrendo sobre saberes necessários, desde técnicas e procedimentos, como também algumas metodologias a serem utilizadas para atingir seus objetivos. O trabalho pressupõe a existência de elementos do jogo teatral na atuação do contador, tal como a voz enquanto instrumento de sugestão de imagens e criação de platéia. A pesquisa apresenta, para aqueles que atuam no espaço escolar, possibilidades de crescimento na prática narrativa, encarando a contação de histórias como uma prática transformadora, capaz de estimular a interação com e entre estudantes e também com alguns aspectos da aprendizagem.
Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada sobre a Fundação Brasileira de Teatro de 1955 a 1969. A escola funcionou por 14 anos no Rio de Janeiro formando atores, diretores, cenógrafos, críticos de teatro. Dulcina de Moraes - fundadora da escola - investiu todos os seus esforços e reservas econômicas na concretização de um ideário: capacitar tecnicamente uma geração de artistas de teatro que aprofundassem as relações entre a teoria e prática teatral, refinando sua visão sobre o teatro, em face da complexidade desenvolvida na cena teatral brasileira a partir do final dos anos trinta, após o início dos trabalhos do Teatro do Estudante do Brasil e o impacto da encenação de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, pelos Comediantes. O ideário de Dulcina de Moraes desvela uma das questões essenciais deste período do teatro brasileiro: a modernização teatral tendo como sustentação a formação e o desenvolvimento técnico de todos os artistas engajados nesta transformação das práticas teatrais brasileiras.