Teatro na Prisão: trajetórias individuais e perspectivas coletivas é o resultado da pesquisa que visou o resgate da historicidade do Projeto de Extensão 'Teatro na Prisão - uma experiência pedagógica para a construção do sujeito em direção à cidadania'. Como caminho percorrido, selecionei e entrevistei sete alunos da graduação da Escola de Teatro do CLA da UNIRIO, participamos do projeto nos seus primeiros 10 anos no Complexo Penitenciário Frei Caneca: Penitenciária Lemos Brito, Presídio Nelson Hungria e Casa de Custódia Romero Neto. É um relato que se propõe a pensar sobre as possibilidades de amadurecimento da consciência social e pedagógica desse alunos-atores enquanto sujeitos-cidadão e a perspectiva dessa prática continuada se revelar como um novo campo de atuação profissional para artistas educadores.
Esse estudo cria um circuito intenso de um Corpo sem Órgãos (CsO). Ele traça a partir de uma memória vivida uma teoria experimental sobre a possibilidade do detento da penitenciária Lemos Brito entrar em devir e criar para si um CsO. Contextualiza a prisão na perspectiva das três vozes: a primeira (do Estado), a segunda (do Dramaturgo) e a terceira (dos detentos), seus princípios e suas articulações. Apresenta-se enfim, o CsO: Um PROGRAMA como campo de consistência para o jogo dramático e teatral.