Na construção historiográfica do teatro brasileiro moderno, as formas da comédia popular
foram “superadas” a partir da implantação de novas formas teatrais, expoentes de uma visão de mundo
mais condizente com as conquistas da modernidade. Este artigo procura demonstrar que esta construção
teórica e discursiva legitima um determinado projeto cultural e civil para o país que remonta ao século
XIX e recebe nova roupagem em meados do século XX
Este artigo discute o processo de recepção do teatro de Luigi Pirandello no Brasil nos anos
1920, tendo por pressuposto a valorização dos diálogos sociais e culturais estabelecidos entre Brasil e Itália desde o século XIX. Assim, realçamos breves aspectos da imigração italiana, a importância estética do autor e as suas propostas de renovação teatral com o objetivo de aprofundar, no âmbito do conhecimento histórico, os estudos sobre as práticas culturais e artísticas de uma época
Este texto visa discutir de que maneira, por intermédio do teatro, é possível apreender a
circularidade cultural e, por que não dizer, política entre o Brasil e Itália. Embora sejam amplamente conhecidas as interconexões que se estabeleceram entre esses dois países, em termos artísticos, na cidade de São Paulo, seja em relação às artes cênicas, ao cinema, às artes plásticas, à literatura e à arquitetura,não podemos, quando nos reportamos a esta temática, ignorar o impacto que a encenação de Morte Acidental de um Anarquista, em 1982, pela Companhia Estável de Repertório (C.E.R.), que teve à frente o ator e produtor Antonio Fagundes, sob a direção de Antônio Abujamra.