Este artigo parte da revisão do projeto nacional-popular, desenvolvido na dramaturgia brasileira entre as décadas de 1950-1970, que teve como centro gerador o Teatro de Arena de São Paulo. Essa revisão é feita considerando-se as diferentes acepções e interpretações em torno do “nacionalpopular”, no campo da crítica de dramaturgia/teatro, a partir do conceito cunhado pelo filósofo italiano Antonio Gramsci até a sua ampliação enquanto categoria de análise. Considera-se, para fins de análise, uma peça da dramaturga paraibana Lourdes Ramalho, As Velhas (1975), demonstrando-se como essa autora tem vínculos com a dramaturgia nacional-popular.
Refere-se a dramaturgia regionalista nordestina desenvolvida a
partir do Romance de 30. Ariano Suassuna e Hermilo Borba Filho, seus principais
representantes, fundaram na década de 1940 o Teatro do Estudante
de Pernambuco e na de década de 1950 o Teatro Popular do Nordeste. Nesse
decênio nasce o Teatro do Estudante da Paraíba. Nos anos de 1960 cresce o
movimento teatral no Teatro Santa Roza, em João Pessoa e no Teatro Severino
Cabral, em Campina Grande. Na década seguinte surge a dramaturga
Lourdes Ramalho. A dramaturgia regionalista nordestina é composta por
fortes influências culturais, por manifestações populares que trazem importantes
contribuições para o âmbito teatral e literário.
Palavras-chave: dramaturgia regionalista nordestina; dramaturgia do Nordeste;
dramaturgos nordestinos.