O trabalho relaciona as transformações ocorridas nos movimentos sociais no Brasil e a produção artística comprometida com a representação das classes populares, priorizando as manifestações cênicas. Contrasta a agitação política e cultural ocorrida entre os anos 1964 e 1968, em que se destacaram manifestações artísticas de resistência ou protesto contra o regime instituído pelo golpe militar, com o movimento artístico e cultural que vem crescendo desde os anos 1990, em que a denúncia da exclusão social não implica contestação da lógica do mercado e se recuperam tradições e perspectivas do naturalismo no teatro, no romance e no cinema. Finalmente, discutem-se as repercussões de políticas de inclusão social baseadas na visibilidade nos movimentos sociais e na produção cultural.