Esta dissertação aborda a formação, a carreira e os solos de Pedro Cardoso, observando a construção do seu estilo como ator e autor a partir do movimento teatral conhecido como .Besteirol. na década de 80. Este estilo se consolida na indústria cultural brasileira, sendo apresentado de forma revigorada por Cardoso nos seus solos autorais: O Autofalante e Os Ignorantes. Analiso também o hibridismo cultural que se forma nesta trajetória: entre um traço de intelectualidade erudita herdado da família, a busca por um teatro popular através da convivência longa e profunda com Amir Haddad e a condição de ícone televisivo alcançada pelo artista. As principais referências teóricas para pensar o hibridismo cultural, a condição de solista, a busca por uma linguagem popular e a questão da indústria cultural respectivamente, nesta dissertação, são: Néstor García Canclini, Marco De Marinis, Mikhail Bakhtin e Theodor W. Adorno.