Esta pesquisa propõe a reflexão sobre o fazer teatral do Grupo de Teatro São Gonçalo do Bação nas suas inter-relações com as reminiscências da comunidade do distrito rural de São Gonçalo do Bação, em Minas Gerais. A partir de histórias orais, repassadas de geração em geração, o Grupo de Teatro constrói coletivamente seus textos e os encena para a comunidade do distrito. Nessa ação, o Grupo e, conseqüentemente, o Teatro produzido, estabelece relações de identidade e pertencimento para uma comunidade rural emersa no 'mundo globalizado'?. Como instrumentos de análise são utilizados três textos dramtúrgicos do Grupo de Teatro e suas encenações. No intuito de identificar as relações entre Teatro e Comunidade, foram realizadas entrevistas com diversos membros da comunidade envolvidos no processo de produção e assistência das encenações, utilizando os métodos propostos pela História Oral.
A presente dissertação pretende analisar a cena e a 'visão demundo' do grupo de teatro 'Ícaros do Vale', do vale do jequitinhonha. Apresenta como eixo condutor o movimento entre o particular e o universal que busca, através da re-elaboração da memória viva do povo sertanejo e dos procedimentos técnicos utilizados no processo de construção cênica, o compromisso com o 'processo de vida real' do homem-jequitinhonha nun continuum histórico.
A brincadeira do cazumba dos bois da Baixada Maranhense constitui o principal objeto deste estudo. Fazendo uma reflexão sobre a sua movimentação e funções dentro da manifestação, agregando uma diversidade de sentidos sobre o personagem. Além de buscar significados sobre o uso de sua indumentária, bata, cofo e careta. Este trabalho procura identificar o que é um corpo brincante, festivo e fluido, onde o jogo e a espontaneidade trazem a marca da performance do cazumba, buscando contribuir para os estudos das culturas populares e sua relação com o corpo, ampliando possibilidades nos estudos do teatro, da dança e suas relações com as manifestações brasileiras. A principal fonte de pesquisa foi o Boi da Floresta, através do seu fundador mestre Apolônio Melônio e o mestre cazumba e artesão Abel Teixeira, além de depoimentos de cazumbas da Baixada.