O presente artigo tem por objetivo evidenciar a singularidade da “calungueira” Dadi, ressaltando as transgressões realizadas por essa fazedora de bonecos num campo marcado pela genealogia historicamente masculina da tradição no Teatro de Bonecos do Rio Grande do Norte. Com 76 anos, Maria Ieda da Silva Medeiros – conhecida como Dadi –, constrói, veste, dá vida e movimento aos bonecos. A subversão dessa lógica na criação e no brincar perante bonecos e bonequeiros traduz seu diferencial ao provocar o riso nas pessoas apresentadas no decorrer da pesquisa. Para o arcabouço teórico foi utilizado o aporte teórico-metodológico das Ciências Sociais e da Antropologia, referências dos estudos culturais com abordagens sobre Memória e Tradição de autores como Halbwachs (1990) e Paul Zumthor (1993, 1997, 2005), entre outros, proporcionando ao trabalho uma atualidade relevante ao dialogar com diversos elementos e significados na produção de sentidos da singularidade da Mestra Dadi.
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