Este artigo tem como objetivo analisar a trajetória pessoal e profissional
da compositora e musicista Chiquinha Gonzaga, refletindo sobre a sociedade
carioca da segunda metade do século XIX. Esse período foi de grandes
transformações (econômicas, sociais e culturais), o que possibilitou a intensificação
das produções teatrais e musicais no Brasil, viabilizando a construção de uma
Música Popular Brasileira. Dessa maneira, busca-se demostrar os choques e
tensões estabelecidos entre suas ideias e concepções com as expectativas e
preceitos estabelecidos na sociedade oitocentista, principalmente sobre o papel
delegado à mulher nesse contexto. Nosso intuito é analisar aspectos importantes
das obras produzidas por Chiquinha Gonzaga, a fim de compreender a sua busca
por uma Música Popular Brasileira. Sob esse aspecto, a análise da opereta A corte
na roça consegue demonstrar a aglutinação desses preceitos, tão caros à ela. Ao
mesmo tempo, marca a sua trajetória por ser o momento por excelência que ela
adentra os palcos do teatro, traçando – a partir do sucesso na estreia como
compositora e maestrina – os rumos de sua carreira.
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