A presente pesquisa desenvolve interpretação sobre o modo como o corpo do indivíduo atua na performance das danças sagradas de quatro Orixás femininos dos Candomblé. Estes Orixás de origem Iorubá são as chamadas Iabás ou rainhas, conhecidas no Brasil pelos nomes de Iançã, Oxum, Iemanjá e Obá. Pela importância dada ao corpo, a dança no ritual representa um determinante elemento processo, pois é por intermédio desta que acontece a corporificação da entidade; o corpo, ao dançar, intermedia o mundo sagrado com o prafano. A performance no ritual do Candomblé apresenta uma união entre canto, dança e o patuque. Esses três elementos, que não podem ser considerados funções autônomas segundo as culturas africanas, estão incumbidos de, juntos, ao lado de - lendas, objetos e mitos, promover a interação entre o mundo, que em Nagô tem uma parte visível - o aiê - e outra invisível - o orum -, com os homens. É a história de um corpo biológico que, ao praticar formas espetaculares de performance, revela também a história de um corpo cultural e social biológico que, ao particar forma espetaculares de performances, revela também a história de um corpo cultural e social. Esta performances assume dimensões que dialogam e explicam este corpo, na construção de um corpo mágico. O estudo das Performances apresentou-se como um meio eficaz de reflexão crítica, por poder explicar, de forma mais clara, práticas culturais deste ritual, permitindo que valores e objetos da cultura fossem vistos em ação.
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