Esta pesquisa centra-se na Ancestralidade Africana. Estruturada nesse conceito busca elencar possibilidades para uma formação teatral que não invisibilize o pertencimento étnico dos afrodescendentes. Partindo de um reconhecimento da força poético-imagética do Culto Egungun e de uma vivência no Maracatu Nação Baobá, num bairro de Fortaleza, foi possível apresentar uma discussão na intenção de fazer o pensamento dançar como festivamente ensina a cultura tradicional africana de matriz ioruba. Uma pesquisa que foi compartilhada com os integrantes do Grupo de Teatro Tambor de Rua, a fim de que os estudos teóricos fossem postos na circularidade esférica que movimenta a realidade cotidiana sempre mais indômita. Esse trabalho tem como ponto de partida a fecundação do teatro na minha história de vida, trespassada pelo Candomblé Ketu-Nagô, mais intimamente a presença de Exu-Oxum que me mostraram um jeito contemporâneo – via internet – de revisitar a tradição. Foi a partir dessa contação que os caminhos e encruzilhadas se nos mostraram possíveis. Laroiê! Ora ie iê ô!