Essa dissertação se vale da possibilidade conceitual da leitura como uma performance em grau-mínimo, fazendo da escrita um exercício metalinguístico ou metaperformático que busca ativar o corpo do leitor por meio de investigações sobre a performance, o corpo e o contexto de sua realização. Permeando os paradigmas da arte contemporânea e o contexto político/social/cultural da sociedade capitalista industrial midiatizada, encontramos indícios das falências e potências do desejo que, investigado em seu caráter produtivo, atravessa e se deixa atravessar pelas subjetividades e seus agenciamentos coletivos. Relatos de uma performance são recriados e reavivados para refletir os conceitos abordados a partir das relações da performance com o espaço, o tempo, a forma, a recepção e os códigos que a permeiam e constituem. Compomos um território que se desdobra em múltiplos vetores: do conceito à realização, da fundamentação à reflexão teórica incorporada e/ou corporificada, da paisagem conceitual às especificidades da experiência.