Estuda o Tropicalismo, caracterizado como um movimento artístico brasileiro, inserido no âmbito da juventude contestadora da década de 1960. Mostra que a produção cultural, pós-golpe de 1964, encaminhou para um repensar do papel do artista na sociedade brasileira. Analisa nesse contexto, as obras conceituais como o filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, a peça O Rei da Vela, de Oswaldo de Andrade, encenada pelo grupo Oficina; a obra-ambiental Tropicália, de Hélio Oiticia; o disco-manifesto Tropicalia ou Panis et Circencis e os discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil, que traçaram um perfil da vanguarda dos tropicalistas, durante o ano de 1976. Discute o que unia esses diversos setores artísticos, a utopia da construcão de uma cultura brasileira capaz de superar o subdesenvolvimento e a imagem de Brasil antropofágico, que resumia o desejo de assumir e afirmar a brasilidade.