A dramaturgia destinada à criança precisa articular os princípios do texto dramatúrgico, para fazer valer a presença do gênero em questão na obra construída, mas também garantir a presença de elementos que dizem respeito à infância, quando a obra se destina aos pequenos leitores, seja na representação ou na leitura do texto impresso. O presente trabalho concentra-se nas relações entre a dramaturgia e a infância e descreve brevemente o cenário da produção da dramaturgia para esse público no Brasil, não sem antes averiguar a necessidade de o texto dramático ser oferecido à criança quando se quer formar leitores na escola e fora dela; tal apuração é realizada com inspiração nos estudos de Helena Barcelos (1975), Ricardo Azevedo (2004) e Ana Maria Machado (2004). Questões relacionadas à dramaturgia e à leitura são levantadas antes de investigarmos uma particularidade da obra Canto de Cravo e Rosa, de autoria de Viviane Juguero (Libretos, 2009): a estreita relação que a obra possui com a poesia folclórica e o aproveitamento de diversas cantigas/poesias dessa natureza em expedientes como o nome e a composição das personagens, bem como na construção dos diálogos. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica, na qual lançamos um olhar para o texto a partir dos estudos sobre poesia folclórica de Maria da Glória Bordini (1991), Nelly Novaes Coelho (2001), Eloí Elisabete Bocheco (2002), Glória Maria Fialho Pondé (1982), Lígia Marrone Averbuck (1982) e Simone Assumpção (2001).
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