Resumo
O autor aponta como a poética antropofágica, encontrada nas obras de Oswald e Mário de Andrade, rompia desafiadoramente com os cânones literários do período, propondo a “deglutição” de modelos estrangeiros no lugar da simples imitação. Para acompanhar a aplicação de tal poética à linguagem teatral, George analisa, primeiramente, o texto dramático O Rei da Vela (1937), de Oswald de Andrade, e a montagem desta peça realizada, em 1967, pelo Teatro Oficina, com direção de José Celso Martinez Corrêa. E, posteriormente, a transposição para o palco de Macunaíma (1928), de Mário de Andrade, realizada pelo Grupo Pau-Brasil (mais tarde denominado Macunaíma), em 1978, com direção de Antunes Filho.