Este trabalho trata do processo de formação artística em Direção Teatral descrito da perspectiva do Método da Análise Ativa. O Método foi desenvolvido na Rússia por Konstantin Stanislávski (1863-1938) e transmitido por um de seus alunos, Gueorgui Tovstonógov (1915-1989) à Nair Dagostini (19_ _ ), primeira brasileira a estudar no Instituto Estatal de Teatro, Cinema e Música de Leningrado (1978-1981). Seu aprendizado reverbera no Curso de Direção e Interpretação Teatral da Universidade Federal de Santa Maria/RS no período de 1994-2004, tempo durante o qual pode aplicar algumas das metodologias do paradigma que encontrou na URSS. O Plano Político Pedagógico que Dagostini ajudou a formular foi construído sobre uma base comum para atores e diretores e o Método da Análise Ativa ocupou o lugar de centro unificador do processo de educação e formação do artista. A aproximação ao Método se dava gradualmente ao longo dos três primeiros semestres e continuava sendo aplicado como metodologia para a concretização do processo de transposição do texto para a cena durante a graduação. A Análise Ativa, por intermédio do Método das Ações Físicas – que possibilita a aquisição e domínio dos elementos do Sistema Stanislávski – faculta o diretor conduzir o ator no percurso de concretização da ideia central da obra que se monta, inserindo o ator no universo da peça e desvendando através da ação proposta pelas circunstâncias dadas a intimidade das relações estabelecidas pelo autor, o que está por detrás das palavras.